No corrente mês, a campanha Abril Azul é engajada nas instâncias sociais com o intuito de conscientizar, mobilizar e valorizar as pessoas com o Transtorno do Espectro Autista (TEA), dento deste contexto, a Prefeitura de Vila Nova do Piauí juntamente com todas as secretarias municipais realizou uma roda de conversa sobre a temática na noite desta quarta-feira, 27.
O evento ocorreu na Quadra Poliesportiva e teve como tema central: “Um novo olhar. Um novo jeito de ser e cuidar”. A conversa foi direcionada pelo psicopedagogo e psicanalista, Lairson de Nascimento e pela fonoaudióloga, Mauriceles Macêdo.
A roda de conversa focou principalmente na humanização e inclusão das pessoas que com autismo, como destaca Lairson.
“Hoje nós estamos aqui com um olhar diferencial para cuidar do ser humano de uma outra forma, de uma forma que a gente possa estar escutando aquilo que os ouvidos não são capazes de ouvir, que os olhos não são capazes de enxergar e dar um suporte para que a família possa olhar para os seus filhos, a escola possa ver que ele é um ser humano que necessita de cuidado para se sentir acolhido”.
Como o TEA altera fisicamente e funcionalmente o cérebro implicando no desenvolvimento motor, na linguagem e no comportamento, os profissionais convidados falaram sobre as fases do desenvolvimento infantil, sobre a fala, a linguagem, a audição, o desenvolvimento psicomotor, além de dar ênfase aos transtornos de neuro desenvolvimento.
Mauriceles Macêdo pontuou que a conversa trata-se de um espaço informativo importante para que os familiares saibam identificar os sintomas nas crianças para buscarem tratamento quanto antes.
“Esse momento é exatamente para a gente mostrar que precisamos estar alerta a esses sintomas que podem aparecer em nossas crianças e para que a gente interceda antes que provoque muito atraso no desenvolvimento delas”.
Durante o evento, o pequeno Ruan Francisco falou da sua experiência com o autismo.
“Na minha visão o único problema em ser autista não é em si ser autista, mas sim como as pessoas veem o autismo, elas pensam que o autismo é coisa ruim, que é deficiência mental, o problema é como a humanidade pensa que é o autismo, autismo não é deficiência e a pessoa que fala que quem tem autismo é doente, ela que é doente”.
Os secretários Flávio Sousa (Educação), Kátia Leyla (Saúde) e Cícera Geovânia (Cultura), também fizeram uso da palavra explanando sobre a importância do evento, compartilharam vivências e agradeceram a presença de todos.
A assessora técnica da Saúde, Almerinda Luz; a assistente social, Kássia Sobrinho, o enfermeiro Dayro Coutinho, e as assistentes sociais de São Julião, Thatiane Rocha e Maria José marcaram presença no evento.
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