Alerta se deve tanto pelo aumento de casos, como pela ausência de informações.
A Comissão Intergestora Bipartite do Piauí(CIB/PI) aprovou recomendação aos municípios que estão em alerta ou omissos quanto às ações de combate ao Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya, para que intensifiquem ou aprimorem as ações preventivas. A recomendação foi apresentada pelo secretário de Estado da Saúde, Florentino Neto, durante reunião realizada nesta sexta-feira (4), com o colegiado que congrega representantes da saúde do Estado, Municípios e Conselhos.
De acordo com Florentino Neto, as recomendações são necessárias devido às falhas na atualização de dados no sistema e ainda em relação ao alto índice de infestação em alguns municípios. “Nós temos municípios que estão cumprindo sua parte em relação ao combate a dengue, chikungunya e zika; que estão fazendo o dever de casa, com ações de campo para o combate ao Aedes. No entanto, nós temos outros municípios que precisam de apoio, e a gente está disposta a dar, mas precisa de um alerta nosso para que eles fortaleçam as ações”.
A fragilidade nas informações traz prejuízos às ações preventivas e mesmo de assistência hospitalar. Por conta disso, a Secretaria de Estado da Saúde e o Conselho dos Secretários Municipais de Saúde (Cosems) enviarão nota técnica a todos os 224 municípios para que as gestões priorizem as ações de combate ao Aedes.
A recomendação proposta por Florentino foi embasada no Boletim Epidemiológico, da Sala Estadual de Coordenação e Controle das Ações de Enfrentamento à Microcefalia, que mostra que, no período de janeiro a 2 de agosto, os dados de chikungunya tiveram um aumento de 103,9%, em relação ao mesmo período do ano passado. Este ano, já foram 3.828 casos. Em 2016, foram 1.877.
Os casos de dengue tiveram redução, caindo de 4.793, em 2016, para 4.192, em 2017, num decréscimo de 12,5%. Já os casos de zika, em 2017, foram 137. Em 2016, foram notificados 206.
Ações preventivas
Os secretários municipais de Saúde e o do Estado, Florentino Neto, são unânimes em reconhecer a necessidade em sensibilizar a população para que todos juntos possamos combater os focos do mosquito. “Fazemos um chamamento para que todos estejam juntos nessa luta contra o Aedes”, enfatiza Florentino.
O secretário lista as medidas simples, mas que têm grande impacto na prevenção às doenças, e que a população pode fazer em sua residência, no ambiente de trabalho ou mesmo em locais públicos:
1 – Manter bem tampados: caixas, tonéis e barris de água.
2 – Colocar o lixo em sacos plásticos e mantenha a lixeira sempre bem fechada.
3 – Não jogar lixo em terrenos baldios.
4 – Se for guardar garrafas de vidro ou plástico, manter sempre com a boca para baixo.
5 – Não deixar a água sobre laje e calhas entupidas.
6 – Encher os pratinhos ou vasos de planta com areia até a borda.
7 – Se for guardar pneus velhos em casa, retirar toda a água e manter em locais cobertos.
8 – Limpar as calhas com frequência, evitando que galhos e folhas possam impedir a passagem da água.
9 – Lavar com frequência, com água e sabão, os recipientes utilizados para guardar água, pelo menos uma vez por semana.
10 – Os vasos de plantas aquáticas devem ser lavados com água e sabão, toda semana. É importante trocar a água desses vasos com frequência.
11- Piscinas e fontes decorativas devem ser sempre limpas e cloradas.
12- Sempre que possível, evitar o cultivo de plantas como bromélias ou outras que acumulem água em suas partes externas.
Fonte: Piauí Hoje