Representantes da Federação de Trabalhadores na Agricultura do Estado do Piauí-FETAG-PI, Sindicato dos Trabalhadores (as) Rurais de Vila Nova, Poder Público, vereadores e demais movimentos sociais participaram neste sábado (06) de uma Audiência Pública realizada na Unidade Escolar Luiz Ubiraci de Carvalho em Vila Nova do Piauí, para debater a reforma da Previdência, proposta pelo governo federal.
A audiência foi idealizada pela coordenadora do Polo Regional da FETAG-PI Picos, Sandra Leal, e aprovada na última sessão da câmara municipal de vereadores no dia 28 de abril.
Na ocasião, as duas entidades que representam os trabalhadores (as) rurais expuseram as ideias e reivindicações da categoria, manifestando a indignação dos mesmos contra os itens propostos na reforma, que alteram o atual formato de aposentadoria dos agricultores.
Se fizeram presentes e participaram do encontro, o prefeito, Edilson Edmundo de Brito, o vice prefeito, Antônio Tiago, os vereadores Roberto Moura, presidente da Câmara, Dejano Lima, vice-presidente, os demais vereadores, Maria das Dores, Flávio Sousa, Adelino Oliveira e Severo Sousa, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores (as) de Vila Nova, Gilberto José de Lima, que fizeram uso da palavra trazendo esclarecimentos e se posicionando contra a Reforma da Previdência.
Em seu discurso, o prefeito municipal, Edilson Brito, fez uma defesa na idade da aposentadoria, sob o argumento das desigualdades vividas pelos agricultores e disse que vai a Brasília se reunir com a bancada federal durante a Marcha dos Prefeitos para levar o interesse dos vilanovense contra a reforma. “Essa reforma que eu considero uma tragédia, ela é fundamentalmente contra os agricultores, é inadmissível nossos agricultores terem que se aposentar apenas aos 65 anos de vida; me coloco a disposição para lutar junto aos trabalhadores (as) vilanovenses e cobrar dos deputados federais num posicionamento contra a aprovação dessa reforma”, comentou o prefeito.
O vice-prefeito, Antônio Tiago, destaca em seu discurso que o governo está querendo acabar com a rede de direitos sociais do povo brasileiro. “O meu partido, o PT é uma das sigla que luta contra a aprovação dessa reforma. Se aprovada for todos serão atingidos com a reforma e principalmente a classe trabalhadora, que perderá todos os direitos conquistados ao longo de muitos anos de luta”, afirma.
A coordenadora do Polo Regional da FETAG-PI, Sandra Maria Leal de Lima, em seu discurso fez uma abordagem dos desmandos que vai ficar se a reforma for aprovada, e ressaltou a importância de que o prefeito, os vereadores se posicionem oficialmente e se unam contra a reforma da Previdência. Ela ressalta que é importante que cada prefeito e legislador se apresentem diante da população que lhe elegeu e dos deputados que eles votaram, demonstrando que está do lado do povo trabalhador.
O secretário de Política Agrícola da FETAG-PI, Paulo Carvalho, “Paulão” como é popularmente conhecido, fez uso da palavra e aproveitou para esclarecer diversos pontos que ainda geram dúvidas quanto à proposta de reforma da Previdência.
“Não se trata de uma reforma, mas do desmonte da Previdência Pública e da retirada de direitos da classe trabalhadora. O movimento sindical é contra a Reforma, porque, penaliza exclusivamente os trabalhadores do campo e da cidade, em especial os trabalhadores rurais que tanto homens quanto as mulheres irão se aposentar aos 65 anos; outro ponto divergente com a realidade é fazer com que os segurados contribuam mensalmente e individualmente para o INSS; pior do que a tristeza de não vencer, é a vergonha de não lutar, vamos à luta”, destacou o sindicalista.
A vereadora Maria das Dores (Bibia de Benício), que propôs requerimento para realização da audiência pública fez a abertura do encontro, e em seu discurso se posicionou também contra a reforma. “Diante da situação em que se encontra toda a classe trabalhadora, tanto da roça, quanto da cidade, temos que se posicionar contra esta reforma da previdência. Não podemos ficar calados diante da retirada de tantos direitos conquistados pelo povo brasileiro. Além de aprovar a resolução contra a reforma na câmara, irei enviar um oficio ao deputado federal Júlio César para reivindicar a ele que vote contra este desmonte”, disse a parlamentar.
O agricultor vilanovense, Timóteo Joaquim de Lima, 56 anos, disse a nossa reportagem que é uma tristeza o que estão querendo fazer com os trabalhadores. “Isso é um terror, a reforma era pra ser de melhora, não de piora, sou contra essa reforma, o homem da roça que já se criou na labuta, era pra se aposentar era aos 45 anos de idade; era para reduzir a idade igual nosso inverno foi reduzido, isso era a forma dos políticos ajudarem os agricultores, pois toda alimentação da mesa do brasileiro vem da roça, é fácil aprovar lei dentro de gabinete dizendo que o brasileiro vive muito e dá prejuízo a nação, sou totalmente contra”, pontuou.
Sandra voltou a falar no final da audiência demonstrando satisfação com o resultado final do encontro. “Tínhamos um objetivo e ele foi cumprido. Além de informar, vamos fazer uma Moção de Repúdio e solicitando ao prefeito, vice-prefeito e aos senhores vereadores que pressionem os deputados federais para votarem contra a reforma. Ficamos felizes pelo posicionamento do Executivo e do Legislativo vilanovense, todos estão a favor da classe trabalhadora”, completou.
Sandra voltou a falar no final da audiência demonstrando satisfação com o resultado final do encontro. “Tínhamos um objetivo e ele foi cumprido. Além de informar, vamos fazer uma Moção de Repúdio e solicitando ao prefeito, vice-prefeito e aos senhores vereadores que pressionem os deputados federais para votarem contra a reforma. Ficamos felizes pelo posicionamento do Executivo e do Legislativo vilanovense, todos estão a favor da classe trabalhadora”, completou.
Além de dezenas de agricultores e agricultoras, participaram ainda da audiência, a Assessora da FETAG-PI, Joyce Maia; a presidente do Sindicato dos trabalhadores de Campo Grande, Eva Simara; a diretora da Escola Luiz Ubiraci de Carvalho, Ignez Maria; o 1º suplente de vereador Francisco Dantas de Sousa e a presidente do Sindicato dos Servidores em Educação de Vila Nova, Marlene Hosana.
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