A greve dos professores da rede estadual de ensino chegou ao fim na manhã de segunda-feira (21). A categoria chegou a um acordo com o Tribunal de Justiça, e os professores foram informados da decisão do SINTE – Sindicato dos trabalhadores em educação do Piauí, em assembléia.
De acordo com o secretário de comunicação do Sinte, o professor Kássius Lages, serão retiradas as multas determinadas pelo desembargador Francisco Antônio Paes Landim, que chegaram a R$ 200 mil por dia de greve. O valor inicial era de R$ 100 mil por dia, aumentado após o descumprimento da ordem do magistrado, que determinou o retorno de 70% dos professores às salas de aula. Com o acordo, o desembargador também vai retirar o bloqueio estabelecido sobre as contas do sindicato desde o descumprimento da ordem.
Kassius informa também que as faltas dos trabalhadores durante a greve serão abonadas, outra ameaça que pairava sobre a categoria. O corte das faltas no contra-cheque dos professores também foi autorizado pelo Tribunal de Justiça, a pedido do governo do Estado.
A categoria receberá o aumento do piso salarial, que havia sido estabelecido ainda em 2015, em duas parcelas: 4% no mês de março, retroativo a janeiro, e 7,36% em julho. “Fecha os 11,37%, do total do reajuste do piso”, disse Kassius. Ele informa que o acordo também contempla os cargos administrativos, técnicos e operacionais.
Com a decisão, Kassius Lages informa que os professores devem voltar às salas de aula já na próxima segunda-feira (28). “Com o feriado, fica inviável iniciar as aulas amanhã”, comenta.
GREVE
Os professores estiveram em greve desde o dia 15 de fevereiro. A categoria cruzou os braços contra o pagamento parcelado do reajuste de 11,37% concedido pelo Governo ainda no ano passado. Na época, a proposta do Governo era de pagar, em fevereiro, os 4,5% do retroativo referente a janeiro, 2,5% em agosto e o restante em novembro.
Fonte: Portal O Dia
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