Marcelo Castro vai administrar orçamento de R$ 121 bilhões


Confirmado ontem (02) pela presidenta Dilma Rousseff (PT) como Ministério da Saúde, Marcelo Castro (PMDB) administrará o segundo maior orçamento da União. O piauiense terá previsto um orçamento estimado de R$ 121,4 bilhões, perdendo apenas para o Ministério da Previdência Social, que terá R$ 524,2 bilhões, a serem administrados por Carlos Eduardo Garbas. Os números são referentes à Lei Orçamentária.

A reforma ministerial anunciada por Dilma favorece o PMDB não apenas quantitativamente, mas também em número de recursos a serem administrados. Ao todo, em termos de orçamento, os peemedebistas passaram a ter R$ 143,6 bilhões para administrar em 2016, segundo o Orçamento enviado ao Congresso em 31 de agosto, – quase 500% mais dinheiro do que os R$ 24,1 bilhões que teriam até a reforma. Castro, entretanto, não adiantou as metas que deverá ter a frente do Ministério e nem elencou as prioridades a frente da pasta.

Dentro do Governo Federal, o PMDB conseguiu manter espaços já conquistados e ampliar a presença através de ministérios importantes. Para o cientista político Ricardo Arraes, o partido foi o grande vencedor da reforma ministerial e demonstrou que possui a maior força política no Congresso. “O PMDB conseguiu emparedar a presidente Dilma, que acabou tendo que fazer essa reforma de conveniência, sem um plano administrativo e sem planejamento que garanta mais eficiência da máquina pública”, diz o cientista político.

Após a reforma ministerial, o PMDB aumentou de R$ 24 milhões para R$ 143 milhões o orçamento das pastas em que comanda. Segundo o cientista político, ficou claro que o PMDB continua comandando o cenário político através de sua força na Câmara e no Senado. “A base do Governo é muito insólida, e precisa do PMDB para garantir o mínimo de segurança nas votações”, explicou o professor.

A ampliação do espaço do PMDB no Governo Federal foi uma medida adotada pela presidente Dilma para conseguir o apoio dos parlamentares do PMDB diante a crise vivenciada pelo Governo Federal, que além de impopularidade ver a possibilidade da abertura de um processo de impeachment para a presidente no Congresso.

Por: Mayara Martins e João Magalhães – Jornal O DIA


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