O descobrimento pode levar à criação de fármacos específicos para o tratamento das leucemias. Os testes e as análises devem levar pelo menos dez anos.
Basta começar o mês de setembro que o cenário fica mais bonito. É que as árvores de ipês, ou PauD’Arco, como também é conhecida, começam florescer e dão um colorido diferente ao Piauí. Agora, além da beleza, a planta nativa do Estado, tem substâncias que podem curar diferentes tipos de leucemia. A descoberta foi feita por pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz- Fiocruz e da Universidade Federal Fluminense (UFF), divulgada nesta sexa-feira (5).
Ipês enfeitam Piauí nesta época do ano – Foto: Jailson Soares/ODIA
Os estudiosos identificaram no Ipê três moléculas capazes de atuar apenas sobre os glóbulos brancos cancerígenos, sem afetar as células saudáveis. Os pesquisadores criaram as moléculas, uma delas derivada de um produto natural extraída da árvore, da união do núcleo das células de outras duas substâncias e as testaram em quatro linhagens diferentes de leucemia. Dos 18 compostos criados, 3 se mostraram mais potentes e com seletividade maior – atacaram as células cancerígenas e, em menor grau, as células saudáveis.
“A leucemia é um dos tipos de câncer que mais afetam crianças e por trás da palavra leucemia se esconde uma grande diversidade de doenças. O grande problema da terapia é a falta do medicamento específico para cada tipo da doença”, explica farmacêutico Floriano Paes Silva Junior.
O descobrimento pode levar à criação de fármacos específicos para o tratamento das leucemias. Os testes e as análises devem levar pelo menos dez anos.
Fonte: Portal O Dia