Após anulação da primeira etapa do concurso da Polícia Militar e marcação da nova prova para o dia 2 de julho, o reitor da Universidade Estadual do Piauí, Nouga Cardoso, anunciou no fim da tarde desta terça-feira (23), que a data foi remarcada para o 9 de julho. O motivo da mudança é porque no dia 2 de julho acontecerá o concurso do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Para a TV Clube, o reitor da UESPI, Nouga Cardoso, afirmou que a medida objetiva não prejudicar nenhum candidato que queira fazer as provas dos dois certames.
A organização do concurso segue sob organização do Núcleo de Concursos e Promoção de Eventos (Nucepe), da Uespi, que enfrenta críticas do Ministério Público e candidatos. Como medida de segurança, o núcleo afirmou que a elaboração dos testes ficará a cargo de uma banca de outro estado, assim como a impressão dos cadernos de questões também será realizada fora do Piauí.
Nouga Cardoso afirmou que para a reaplicação das provas não serão reabertas as inscrições do concurso e os candidatos inscritos serão mantidos, com exceção dos suspeitos de fraude que foram eliminados do certame.
O reitor da Uespi disse ainda que a terceirização da impressão das provas não é um procedimento novo, pois esta mesma postura já foi adotada em outros concursos públicos. “Terceirizar não algo novo. Já fizemos isso outras vezes e volto a enfatizar que não há participação de servidores com esquema de fraudes em certame”, declarou.
O coronel Carlos Augusto, comandante da Polícia Militar, afirmou que o Nucepe foi mantido pensando em reduzir os transtornos para os candidatos, já que se uma nova banca for escolhida, eles teriam que aguardar a realização de processo licitatório, divulgação de novo edital para só então, ser aplicada uma nova prova objetiva.
Entenda caso
O Nucepe decidiu anular a prova objetiva para o concurso da Polícia Militar do Piauí após a prisão de 12 candidatos suspeitos de tentativa de fraude.
Das 12 pessoas presas, mas 10 pagaram fiança e foram liberadas. Os candidatos em liberdade foram os flagrados com as questões da provas e agora serão investigados pela Polícia Civil. Confirmadas as suspeitas, os envolvidos no esquema responderão por fraude ao certame de interesse público.
A operação teve apoio do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco). As provas foram aplicadas no domingo (22) em Teresina. Um total de 32.010 candidatos se inscreveram para concorrer às 480 vagas ofertadas pela PM-PI.
Fonte: G1