Fim do diploma do ensino médio via Enem deve tirar quase 1 milhão da prova

Em 2016, 1.076.092 pessoas se inscreveram no Enem para obter a certificação do ensino médio. Mas só 7,7% tiveram êxito.


O fim do uso do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para certificação do ensino médio deve provocar expressiva diminuição no total de inscritos. Considerando a média dos últimos três anos (2014 a 2016), cerca de 994 mil pessoas se inscreveram por edição para conseguir o diploma do ensino médio por meio do Enem.

No ano passado, 8,6 milhões de pessoas se inscreveram no Enem, sendo que 1.076.092 declararam intenção de conseguir o diploma do ensino médio por meio da prova. Entretanto, só 7,7% tiveram êxito.


(Foto: Arte/G1)


Nova forma de certificação


A partir de 2017, os jovens poderão obter o diploma por meio do Encceja (Exame Nacional de Certificação De Competências de Jovens e Adultos).

O Encceja não chegou a ser realizado no ano passado. À época, o Inep informou que a nova gestão assumiu a pasta sem encontrar previsão de realização do exame.

Entretanto, para 2017, a realização da prova está prevista, mas a data não foi divulgada.


Perfil do uso do Enem

Antes da mudança, para conseguir o diploma via Enem era preciso ter pelo menos 18 anos na data do exame e tirar pelo menos 450 pontos nas quatro provas objetivas e 500 pontos na redação.

Porém, o MEC permitia que um candidato usasse notas de edições distintas do Enem para isso. Por exemplo: caso o estudante obtivesse a pontuação mínima em metade das provas, na edição seguinte, ele pode fazer apenas a outra metade para tirar o certificado.

Desde 2009 o Enem era usado como alternativa para que adultos que não terminaram o ensino médio na idade certa consiguissem o certificado exigido para ingressar no ensino superior ou participar de concursos públicos e seleções de emprego que exijam esta formação mínima.

Neste período, o número de pessoas interessadas em usar o Enem regular com esta finalidade cresceu 80,8% (em comparação, o número total de inscritos no Enem regular cresceu 64,6% entre 2009 e 2016).


(Foto: Arte/G1)

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